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sábado, 5 de novembro de 2011

Semana da Cultura Afro-Lusófona: O “Ritmo Quente” do Kizomba

por Renata Santos

Uma dança que envolve sensualidade, chamego, olhar e paixão. Dançar Kizomba é se entregar a um mistério de corpos se encontrando e flutuando em direção à seus parceiros. É transpirar, é ter prazer, é amar.
  Kizomba é um gênero musical nascido em Angola. Ele é erradamente confundido com o Zouk, outro ritmo bastante difundido em países africanos. Em Lisboa, o Kizomba é considerado como qualquer dança que derive do Zouk. As origens do Kizomba, porém, estão no Semba, um dos estilos musicais mais populares em Angola. Evoluindo do Semba, ele se tornou mais quente, sensual, para agradar aos jovens angolanos.  O kizomba então se tornou um misto. Uma excitante pluralidade de ritmos e movimentos, onde os corpos se confundem juntos. Não é exagero dizer que é uma dança sexual, libertinosa,até porque é tido como normal para os dançarinos de Kizomba a excitação durante a dança devido aos movimentos sugestivos. Até as letras das músicas contém frases que incitam o sexo e que estimulam a paixão e a cumplicidade entre os parceiros.
 O Kizomba é executado com um tambor surdo e sua melodia soa através do Chimbau, que é um dos pratos da bateria.  Existem vários estilos de Kizomba: Passada, Tarrachinha, Quedradinha e Ventoinha.




Kizomba quer dizer festa do povo e, na Angola, representa a dança da liberdade, do amor, do prazer, da alegria. Uma dança que recusa qualquer restrição conservadora, em nome do deleite e do “carpe diem”.

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