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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Da Vinci exposto

                                                                                                          Por Carla Moreira

Talvez não exista no mundo alguém que não tenha ouvido falar ou tenha ciência sobre Leonardo Da Vinci, pintor renascentista que é conhecido mundialmente pelo quadro do sorriso enigmático da Gioconda, a Mona Lisa. Essa obra é considera por muitos o quadro mais importante e famoso da história da arte, na década de 60 chegou a custar cerca de 100 milhões de dólares americanos, hoje a pintura encontra-se no museu do Louvre, em Paris, e é a sua maior atração.   


O que talvez poucos saibam é que Da Vinci além de pintor também foi muito participativo em outras áreas, como por exemplo, foi escultor, músico, matemático, botânico, cenógrafo de teatro, dentre outros campos bem opostos uns dos outros e bem legais.

Ano passado, precisamente em 9 de Novembro, a National Gallery, que é um dos mais importantes museus da Europa e um dos mais conhecidos de todo mundo, reuniu 60 obras do artista em uma exposição que durará cerca de três meses. A enorme mostra tem o nome de “Leonardo Da Vinci: Pintor na Corte de Milão”, e já é considerada a maior da história. É uma oportunidade única de ver quadros do artista num único lugar. O museu Londrino fará exposição de pinturas e desenhos de um período específico de Leonardo, a fase em que ele trabalhava como pintor na corte de Milão.

Mona lisa e a última ceia, quadros de maiores destaques do artista, não estarão presentes do local, mas, a grande surpresa do evento é a exposição da até então obra perdida de Da Vinci, Salvator Mundi (O Salvador do Mundo). Esta tela foi vendida na década de 1950 por apenas 45 libras (R$ 114), e desde então é considerada desaparecida.

Salvator Mundi
O quadro que já fez parte da coleção de arte do rei Charles 1º da Inglaterra, foi vendida em 1958 pela pequena quantia de 45 libras, nessa época acreditava-se que o Salvator fosse obra de Giovanni Boltraffio, um dos alunos de Da Vinci. Pouco se sabe, mas a tela chegou a ser desfigurada, nela havia camadas de verniz e uma pintura por cima da obra real. Em 2005 depois de percorrer diversos países, a tela chegou às mãos de um colecionador americano, Robert Simon, que é especialista em pintura renascentista, e que apesar de achar pouco provável que a tela pertencesse a Leonardo, fez uma intensa investigação e restauração da obra.

Robert contou com ajuda de diversos especialistas do assunto, e após um exaustivo trabalho de conservação e estudos, chegaram a um consenso inequívoco de que Salvator Mundi é um original do artista renascentista Da Vinci. Hoje essa obra tem um valor aproximado de 120 milhões de libras (R$ 303 milhões), uma estimativa bem diferente do que fora vendida outrora.

A Madona das Rochas
   
Outro ponto marcante e exclusivo dessa magnífica exposição é a presença inédita de duas versões de 'A Madona das Rochas', uma versão cedida, excepcionalmente, pelo museu do Louvre para essa exposição, e a outra é a que já existia na National Gallery e que foi recentemente restaurada.

É com certeza um grande marco para os adoradores da arte. Os críticos de todo o mundo não sabem como descrever de maneira original esta mostra. Há exposto neste grande museu obras e telas raríssimas, e um evento desse porte deve levar o mérito que merece, após anos de tentativas para conseguir convencer os proprietários a cederem suas obras, finalmente esse grande projeto foi posto em ação.

Provavelmente outra oportunidade como essa não ocorrerá, e parece que muitos têm a dimensão disso, pois os ingressos que foram colocados antecipados à venda estavam esgotados antes mesmo que você tentasse pensar se comprava ou não.  Porém todos os dias são postos à venda 500 ingressos na bilheteria do museu, não há mais vendas de bilhetes pela internet, que ocorreu apenas para o primeiro dia de exposição.

A exibição fica em cartaz até cinco de fevereiro de 2012, e se você for para Londres nas suas férias, por favor, não deixe de conferir a exposição.

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