Por Ellen Reis
“Não escrevi o meu primeiro livro pensando em ficar famoso. Escrevi pela necessidade de expressar o que sentia”. (Jorge Amado)
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Com amor no nome, Jorge Leal Amado de Faria foi um dos maiores representantes do modernismo da década de 30. Imprimiu o retrato direto da realidade do povo brasileiro, mais especificamente da Bahia, lugar onde nasceu. Obras como Tieta do Agreste, Dona Flor e seus Dois Maridos e Gabriela Cravo e Canela são dotadas de grande cunho social e apresentam um enorme valor histórico. Nesses livros, há uma escancarada valorização da identidade feminina, enquanto construção social, e um saudoso relato da posição da mulher: há um hibridismo entre a necessidade de ultrapassar os limites da imagem e a manutenção do estilo de vida tradicional latente na época. Dramaturgo, jornalista, poeta, cronista, literário, crítico e quantas mais definições o derem, Jorge Amado que nasceu no dia 10 de Agosto de 1912 completaria, em 2012, cem anos se estivesse vivo.
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Bastidores do filme Capitães de Areia |
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Zélia Gattai e Jorge Amado |
Zélia Gattai, sua esposa, era o mais belo romance de Jorge Amado. Os 56 anos de cumplicidade e companheirismo, e quase 40 anos vividos no bairro do Rio Vermelho em Salvador, revelam a junção de dois artistas que, encantados pela vida, conseguiram marcar a literatura modernista de tal forma que premanecem até hoje. Para preservar essa imagem, a família Amado tem lutado para que a casa onde o casal viveu se torne museu; um dos endereços mais conhecidos do Brasil que foi, por muitos anos, cenário de valorização dos signos culturais da Bahia. Lá eles receberam familiares e amigos ilustres.
Contemporâneo de Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Érico Veríssimo, Jorge Amado está morto há 10 anos, mas , assim como seus amigos da geração regionalista de 1930, tem necessidade de existir e o faz em cada um dos seus escritos.
Confira: Chico Buarque lê Jorge Amado:
depois que eu li "farda, fardão, camisola de dormir", me apaixonei de vez por Jorge e pelo jeito sensível dele de escrever! comprei ainda esse mês o "dona flor e seus dois maridos" de Bruno Barreto (12 reais nas Americanas. corre, gente! ahahah) e ainda não assisti.. vou tirar o domingo pra isso :) teu texto deu a atmosfera perfeita pra falar de algm como Jorge, Ellen. gostei mto!
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